por Alessandra Dietrich
Tem uma pergunta que não me deixa em paz: Por que será que quando desejamos algo, e o “algo” começa a tomar forma, nos sentimos acuados? Será um mistério a ser desvendado?
Vale o desafio, e arrisco algumas sugestões!
Perceba que geralmente acontece a mesma seqüência de acontecimentos com a maioria das pessoas. Sua vida pode estar tranqüila (aparentemente), confortável, mesma rotina, etc. Você gosta da sua vida tal como ela é. Mas não sei. Às vezes internamente uma perturbação começa a se fazer presente, nas entrelinhas… Como um sussurro ao longe… Como uma brisa leve tentando despertar nossa atenção.
Neste momento você começa a se inquietar e procurar o motivo que o está fazendo perder o sono. E o encontra. Saímos a campo para tentar solucionar nossa incansável insatisfação e descobrimos o que nos faria extremamente felizes. Pronto! Agora é só esperar o que ansiamos tanto, acontecer. Quando o que tanto queremos se realizar, temos certeza que aquela “vozinha” chata nos deixará em paz e não mais estaremos à mercê dela.
E de repente, o nosso desejo começa a se tornar uma realidade. Assim, sem mais nem menos, sem aviso prévio! Não manda uma carta avisando, telegrama, sinal de fumaça, nada. Simplesmente se torna real. E aí?
Muitas vezes, pânico instalado. Outras, somente um medo nos invade tomando conta de todo nosso ser. E nos pega de calças curtas! Porque por esta, ah! Por esta, você não esperava. E isso invarialvemente nos confunde. Pois, se é algo que você tanto almejou, como explicar que no momento em que tudo acontece você sente desta forma? E pode até questionar-se, se sua intenção verdadeira era mesmo esta.
Bem, primeiro eu diria que não deveríamos racionalizar tudo. Afinal, querer achar razões lógicas para sentimentos é a maior prova de que estamos totalmente identificados com o intelecto, pois precisamos de argumentos plausíveis para todo e qualquer comportamento e emoção, e sequer nos damos conta de que algumas coisas são irracionais, inexplicáveis, indefiníveis e misteriosas.
Outro ponto a ser considerado, é que o “medo” que sentimos diante de mudanças, é criação do Ego. O ego, não gosta de mudanças. O ego, tenta nos imobilizar na zona de conforto. O ego necessita de segurança. Portanto mudar é totalmente contra seu esquema.
Não dê ouvido a ele, persista no seu intuito e vença!
Não caia nesta armadilha, marche!
Alessandra Dietrich é graduada e pós-graduada em Comércio Exterior.
Atualmente têm se dedicado ao Estudo do Comportamento Humano e a escrita sobre o tema. Publicou artigos em diversos jornais e outros meios de comunicação em Santa Catarina