Criciúma – Preservar a história e manter a viva a memória de um povo, guardando informações valiosas sobre a cidade. Esta é a função do Arquivo Histórico Municipal, onde estão guardados documentos, fotos, obras de arte que resistem e fazem viajar no tempo. Para poder abrigar estes arquivos de forma mais adequada e segura o governo municipal , por meio da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), adquiriu o arquivo deslizante. “Pela primeira vez no município o arquivo histórico de Criciúma está recebendo a dignidade que merece”, comenta a diretora do Patrimônio histórico de Criciúma, Lisiane Potrikus.
De acordo com a diretora, o arquivo digital é uma novidade que segue os modelos da Pinacoteca de São Paulo e do Arquivo Municipal de Florianópolis. “O arquivo deslizante evita roubos por ser digital e cada funcionário tem a sua senha ou uma chave para acessá-lo”, explica.
O compartimento moderno tem espaço para os documentos encardenados e quadros de pinturas em telas. Segundo ela, um projeto de organização e adequação do Arquivo Histórico e do Museu Augusto Casagrande está sendo executado por uma equipe de museólogos, historiadores e estagiários do curso de História da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), desde setembro do ano passado. O trabalho dos pesquisadores tem com como meta a higienização e organização de todos os documentos.
Paralelo a isso, pequenas intervenções de restaurações de documentos deteriorados pelo tempo estão sendo feitas. “O cuidado com o arquivo tem que ser constante. Até o momento, foi feita a higienização de todos os jornais da década de 50 até os dias atuais. Na contagem das fotos, os pesquisadores constataram 4.531 fotografias de Criciúma”, revela. Conforme Lisiane, a partir de agora, está sendo feito o levantamento dos documentos avulsos.
Atualmente, parte do dos documentos estão armazenados de forma inadequada sobre uma prateleira de madeira, expostos a poeira, a umidade, correndo também o risco de serem corroídos pela proliferação de cupins. “Seria um retrocesso fazer todo o trabalho e colocar os papeis no mesmo espaço”, destaca. O presidente da FCC, Sérgio Luiz Zappelini, pretende adquirir no próximo ano mais dois arquivos deslizantes. “O governo do Município é o maior interessado em incentivar a cultura e guardar a história da cidade”, enfatiza. O prazo de término do projeto é de três anos.