por Mauro Queiroz
A lagoa tem espelho d’água de 15Km de extensão no sentido Norte-Sul e largura que varia de dezenas de metros a 2,5 Km. Liga-se ao mar por pitoresco canal que desemboca na Barra da Lagoa. Um dos mais belos cartões postais de Florianópolis, um lugar deslumbrante que fascina a todos que têm o privilégio de conhecer esse pedaço do paraíso.
A freguesia da Lagoa foi uma das primeiras povoações da Ilha. Traços da imigração açoriana são visíveis nas diversas casas de arquitetura típica colonial e na Igreja Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, de 1750. Hoje, é um dos “points’ mais badalados da Ilha.
Síntese dos contrastes de Florianópolis, abriga descendentes de açorianos, gente de vários lugares do Brasil e estrangeiros, surfistas, executivos, pescadores e artistas. Oferece desde botecos até restaurantes de categoria internacional. Mansões e barracos de pesca, boates e clubes, lanchas sofisticadas e baleeiras artesanais.
Importante centro turístico da ilha, com boa infra-estrutura de hotéis e pousadas, bares e restaurantes. Possui vida própria com shoppings, lojas, mercados e comércio em geral em seu “Centrinho”. Pela sua localização, na região central da Ilha, os caminhos para inúmeras praias se cruzam na Lagoa. Um lugar que encanta a todos, desde os surfistas (praias Mole e da Joaquina) até os amantes do windsurf, jet-ski, lanchas e barcos a vela.
Do alto do Morro da Lagoa tem-se linda vista panorâmica da região. Destaque para o Centro Cultural Bento Silveira (1912) composto por duas edificações: a antiga estação de rádio-telegráfica e a casa de máquinas desativada em 1914. O conjunto é o único exemplar da arquitetura típica do período pós-revolução industrial encontrado na Ilha. Foi também tombado como Patrimônio Histórico do Município em 1985 e restaurado. Em frente ao Centro é promovida a Feira de Arte do Casarão, na Praça Bento Silvério, aos finais de semana.
A Lagoa da Conceição tem dunas, mirante, é point de velejadores e praticantes de esportes náuticos, parapente e asa-delta. Há muitos bares e restaurantes movimentados à noite. Para compras, vale ir aos quiosques de venda da renda de bilro.
Núcleo Histórico
Agrega-se à vasta opção gastronômica, especializada em frutos do mar, a igreja e casario centenário, a produção de pescado e de renda artesanal e a revitalização dos folguedos típicos, como o boi-de-mamão. Passeios de escuna e de baleeira podem complementar o roteiro, sugerindo-se a visita à Costa da Lagoa. As mais próximas e belas praias e dunas, com seus vestígios pré-históricos, são a Barra da Lagoa, a Praia Mole e a Praia da Joaquina.
Desde 1666 já haviam lavouras e construções iniciando o processo de colonização desta cidade, que originou-se a partir de uma das três mais antigas freguesias da Ilha, fundada por açorianos em 1750. Foi rica em engenhos de farinha e de açúcar (ainda existentes na Costa da Lagoa) e próspera no cultivo da terra e na pesca, produzindo também tecidos de algodão, com sues teares rudimentares, no século XVIII e XIX.
O casario tradicional remanescente pode ser apreciado em alguns pontos, concentrando-se o núcleo mais significativo próximo à Igreja de Nossa Senhora da Conceição. A igreja foi construída a partir de 1751, ano em que sua planta foi aprovada na Corte, em Portugal. Só foi concluída por volta de 1780, tornado-se uma das construções mais expressivas da arquitetura religiosa do Estado, centro de um excepcional conjunto de paisagem natural e do morro, voltada para a antiga freguesia.
Aos fundos ainda existe a antiga Casa do Vigário e, ao lado, o muro do extinto cemitério. À sua frente, a Santa Cruz e o teatro do Divino são componentes deste cenário secular. A igreja foi visitada por D. Pedro II, que lha doou, em 1847, uma custódia de prata e, em 1861, os dois sinos que ainda se encontravam lá. A igreja tombada pelo Município e restaurada nos últimos anos, foi elevada à condição de Santuário em 08 de Dezembro de 1999. Seus magníficos altares barrocos em madeira entalhada foram restaurados.
UNOPress Agência