Pesquisa revela que o café combate o câncer e é capaz de combater o desenvolvimento de lesões. A cafeína é uma das novas promessas da ciência na luta contra o câncer de pele, o tipo de tumor que mais cresce no mundo.
Isso é o que revelou recente pesquisa publicada pelo Journal of Investigative Dermatology. De acordo com o Dr. Gilvan Alves, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, só em 2008, foram realizados cerca de 115 mil diagnósticos da doença no País.
O estudo realizado por pesquisadores da Harvard Medical School verificou que o estimulante atua na eliminação de células danificadas pela exposição aos raios ultravioleta que, por sua vez, podem evoluir para um tumor de pele.
“Trata-se de uma das descobertas mais surpreendentes. Espera-se agora que as pesquisas atestem a eficácia tópica da cafeína, através de sua adição à composição de filtros solares e cremes”, diz Dr. Gilvan.
Os pesquisadores realizaram mais de 1.000 estudos analisando essa questão, com resultados mistos. Alguns estudos iniciais pareciam mostrar que o café pode aumentar o risco de alguns tipos de câncer. Desde então, no entanto, estudos maiores e mais bem desenhados enfraqueceram essas conclusões.
Muitos dos estudos mais recentes vinculam o consumo de café a um risco reduzido de alguns tipos de câncer, incluindo câncer de próstata, câncer de fígado, câncer de endométrio e alguns cânceres de boca e garganta.
Para entender a ação terapêutica do estimulante, Dr. Gilvan explica que ele pode substituir a proteína quinase, responsável pelo controle de danos ao DNA. “Na prática isso significa que as células alteradas cometem ‘suicídio'. O mais interessante é que os tecidos saudáveis não são atingidos”, descreve.
FATOR DE RISCO – A cafeína é um composto químico que além de atuar sobre o sistema nervoso central, aumenta a produção de suco gástrico. Em excesso, pode ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça, agitação, insônia e problemas estomacais. “A ingestão de café não funciona no combate ao câncer de pele e, em excesso, pode desencadear uma série de alterações”, alerta o dermatologista.
ai/UNO