Maracajá – O prefeito de Maracajá Wagner da Rosa, acompanhado do vice Everaldo Pereira e diretor de Agricultura Alacide
Rocha e do agrônomo André Zandonadi estiveram no gabinete do prefeito de Forquilhinha, Vanderlei Alexandre, o Lei, para
tratar sobre o desassoriamento do Rio Sangão, que passa pelos dois municípios.
Segundo o prefeito de Forquilhinha, o Ipat/Unesc informou que o desassoriamento não influência diretamente na enchente e
nem na liberação da pirita de carvão que atingiu as lavouras de arroz, como a do rizicultor Eloir Favarin Brina, na
localidade de Sangão Madalena, em Maracajá. Brina teve a maior parte de sua plantação prejudicada.
Segundo informou o prefeito Lei, os 180 mm de precipitação de chuva que caíram no dia 18 de janeiro (terça-feira)
arrebentaram várias bacias de decantação de pirita nas minas, principalmente no município de Treviso, e isso justificaria
a grande quantidade de pó de carvão na água da enchente. Porém, os produtores de arroz de Maracajá querem uma solução para
o problema e o prefeito de Forquilhinha se prontificou a ajudar.
Ficou acordado que os dois prefeitos irão marcar uma audiência com o Ministro da Integração para encontrar uma solução
para os dois municípios. “A solução seria realizar o desassoriamento do Rio Sangão até a altura do Rio Mãe Luzia”, comenta
o prefeito Wagner. Até agora foi feito o desassoriamento de 7 quilômetros, mas faltam ainda 25 quilômetros do rio.
Outro ponto abordado na reunião foi quanto a fiscalização das mineradoras. Os dois prefeitos querem maior fiscalização da
Fatma nas minas de carvão. A abertura da barra do Rio Araranguá foi outro ponto debatido. “Com a conclusão da barra haverá
maior vazão da água do rio e isso vai amenizar as cheias em todas as cidades que margeiam o Sangão e o Mãe Luzia”,
ressalta Wagner.
Em Maracajá as propriedades atingidas pelo pó de carvão terão metade da safra danificada, nas demais a chuva vai gerar um
prejuízo de 30%.
Itaionara Recco
ai/UNO